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Tenho fome de vastidão
E sede de céu aberto
Sinto o vento na pele
E a terra sob os pés nus
E o luar escorrendo pelos cabelos
Dentro do peito abre as assas
um pássaro febril
Que me rasga a pele com seu bico de fogo
E lá se foi... soltou-se num vôo
Lá em cima ele paira
Na frescura das madrugadas
Na doçura dos poentes
Pela manhã ele volta
E me joga na relva orvalhada
E durmo, enfim, dessa fome saciada.
Flor
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