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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

'TEMPOS'



De hora em hora eu espero o teu minuto,
sentindo os segundos da chegada
e os séculos de tua partida.

O tempo não é mais a hora.
A hora é do tamanho que eu dou.
Vem, pois, num instantinho de vontade,
cede à minha saudade,
mesmo que não fiques mais.

Temo que o tempo se finde para sempre
e um outro tempo demente
custe em trazer-te inda mais.
Meus momentos melhores estão em ti
e são inigualáveis e não são ruins,
apenas se desencontraram de nós.

De hora em hora eu morro um ano
mas, juro, ainda te amo
aguardando no secular desprezo que ficou
o milenar desejo deste instante.


Paulino Vergetti Neto
Publicado no Recanto das Letras em 08/12/2008
Código do Texto: 1324445

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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

'TEMPOS'



De hora em hora eu espero o teu minuto,
sentindo os segundos da chegada
e os séculos de tua partida.

O tempo não é mais a hora.
A hora é do tamanho que eu dou.
Vem, pois, num instantinho de vontade,
cede à minha saudade,
mesmo que não fiques mais.

Temo que o tempo se finde para sempre
e um outro tempo demente
custe em trazer-te inda mais.
Meus momentos melhores estão em ti
e são inigualáveis e não são ruins,
apenas se desencontraram de nós.

De hora em hora eu morro um ano
mas, juro, ainda te amo
aguardando no secular desprezo que ficou
o milenar desejo deste instante.


Paulino Vergetti Neto
Publicado no Recanto das Letras em 08/12/2008
Código do Texto: 1324445

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