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Às vezes tenho saudade
da saudade que não tive
de morar com liberdade
onde livre nunca estive.
Às vezes tanta saudade
não é tanta por um triz:
pois que a tal felicidade
só me quis quase feliz.
Fui quase feliz em tudo
fui e sou sem vanidade
do que serei sobretudo
a despeito da saudade.
Partir foi quase preciso
sumindo na eternidade
não me fora teu sorriso
enganar essa saudade...
Afonso Estebanez
(Poema dedicado à notável poetisa
carioca Soninha Porto – 08/02/09)
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