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(A Song of Springtime- J.Waterhouse)
É preciso romper o véu das mutações
e relembrar o número de quantas eras
levam os sonhos entre fios de ilusões
e desencantos numa teia de quimeras.
Necessário é tirar as meras intenções
de todo amor já saturado das esperas.
Amor é um plural de fases e estações
e nele não há singular de primaveras.
Amar é celebrar o instinto atemporal
como o vinho supera a taça de cristal
sob os sentidos infinitos dos amantes.
Se nada nesta vida dura para sempre,
melhor é repetir finita e eternamente
as utopias mais eternas dos instantes.
Afonso Estebanez
(Poema dedicado à amiga Shirlei Werling
– minha 600ª adicionada – 29/01/2009)
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