O Sonho-Interior
O Sonho-Interior que renasceste
era o Poema dum Lírio do Deserto,
o vinho de Outras-Almas que bebeste
fatalizou o meu destino incerto...
Depois por Ti em Sombras de degredo
encerrei a minha alma desolada,
tive a tua visão crepusculada
na Beleza fugaz do meu segredo...
Perdeu-se-me ao Sol-Pôr teu rastro amado!
qual Cipreste, no Poente agonizado, —
na demência autunal duma Alameda...
Velaram-se Sudários teus Espelhos...
ante o cerrar do teu Olhar de seda,
que era um descer de lua em cedros velhos
Ernani Rosas
Depois de te Sonhar...
Depois de te sonhar mistério ido
e seguir-te e ouvir-te em Hora leda,
de vesti teu ser a raios de astro e olvido,
de antigüidade o teu perfil de moeda.
Parei depois de haver corrido tanto
e amado e urdido horas de sonho-Asa?
constelada de azul fulgor de brasa
por Tardes enlaivadas de quebranto...
Sonho em cristal teu corpo de champagne?
mansa luz que morrendo sem alarde,
não há sol de crepúsculo, que a estranhe...
Acordas do teu Sono, para mim!
nos meus olhos à sombra, para a tarde...
por que surges em sonhos num jardim?
Ernani Rosas
SONETO IMPRESSIONISTA
de Antonio Luzo
"Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões,vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
dos ventos,vivos,vãs,vulcanizadas"
Cruz e Souza
Seduz,embriaga o pensamento,anula
toda memória para além da vida,
é um vinho sedutor,que me estimula!
o coração de fibra envelhecida...
Quando tudo é silêncio e a alma da Lua,
Quando tudo se exulsa e os astros descem
para melhor ouvir o que tressua
nos bordões pelo ar, que se arrefecem...
É quando já se vão... fica a lembrança
da asa fluida do Longe e o último verso
de porta em rua, p'ra desesperança...
Guardo-o comigo, no meu coração,
fica a adejar no ouvido o último terço...
guardo a saudade da última canção!
Ernani Rosas
In História do Gosto e Outros Poemas
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quarta-feira, 4 de setembro de 2013
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quarta-feira, 4 de setembro de 2013
POEMAS DE ERNANI ROSAS
O Sonho-Interior
O Sonho-Interior que renasceste
era o Poema dum Lírio do Deserto,
o vinho de Outras-Almas que bebeste
fatalizou o meu destino incerto...
Depois por Ti em Sombras de degredo
encerrei a minha alma desolada,
tive a tua visão crepusculada
na Beleza fugaz do meu segredo...
Perdeu-se-me ao Sol-Pôr teu rastro amado!
qual Cipreste, no Poente agonizado, —
na demência autunal duma Alameda...
Velaram-se Sudários teus Espelhos...
ante o cerrar do teu Olhar de seda,
que era um descer de lua em cedros velhos
Ernani Rosas
Depois de te Sonhar...
Depois de te sonhar mistério ido
e seguir-te e ouvir-te em Hora leda,
de vesti teu ser a raios de astro e olvido,
de antigüidade o teu perfil de moeda.
Parei depois de haver corrido tanto
e amado e urdido horas de sonho-Asa?
constelada de azul fulgor de brasa
por Tardes enlaivadas de quebranto...
Sonho em cristal teu corpo de champagne?
mansa luz que morrendo sem alarde,
não há sol de crepúsculo, que a estranhe...
Acordas do teu Sono, para mim!
nos meus olhos à sombra, para a tarde...
por que surges em sonhos num jardim?
Ernani Rosas
SONETO IMPRESSIONISTA
de Antonio Luzo
"Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões,vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
dos ventos,vivos,vãs,vulcanizadas"
Cruz e Souza
Seduz,embriaga o pensamento,anula
toda memória para além da vida,
é um vinho sedutor,que me estimula!
o coração de fibra envelhecida...
Quando tudo é silêncio e a alma da Lua,
Quando tudo se exulsa e os astros descem
para melhor ouvir o que tressua
nos bordões pelo ar, que se arrefecem...
É quando já se vão... fica a lembrança
da asa fluida do Longe e o último verso
de porta em rua, p'ra desesperança...
Guardo-o comigo, no meu coração,
fica a adejar no ouvido o último terço...
guardo a saudade da última canção!
Ernani Rosas
In História do Gosto e Outros Poemas
O Sonho-Interior que renasceste
era o Poema dum Lírio do Deserto,
o vinho de Outras-Almas que bebeste
fatalizou o meu destino incerto...
Depois por Ti em Sombras de degredo
encerrei a minha alma desolada,
tive a tua visão crepusculada
na Beleza fugaz do meu segredo...
Perdeu-se-me ao Sol-Pôr teu rastro amado!
qual Cipreste, no Poente agonizado, —
na demência autunal duma Alameda...
Velaram-se Sudários teus Espelhos...
ante o cerrar do teu Olhar de seda,
que era um descer de lua em cedros velhos
Ernani Rosas
Depois de te Sonhar...
Depois de te sonhar mistério ido
e seguir-te e ouvir-te em Hora leda,
de vesti teu ser a raios de astro e olvido,
de antigüidade o teu perfil de moeda.
Parei depois de haver corrido tanto
e amado e urdido horas de sonho-Asa?
constelada de azul fulgor de brasa
por Tardes enlaivadas de quebranto...
Sonho em cristal teu corpo de champagne?
mansa luz que morrendo sem alarde,
não há sol de crepúsculo, que a estranhe...
Acordas do teu Sono, para mim!
nos meus olhos à sombra, para a tarde...
por que surges em sonhos num jardim?
Ernani Rosas
SONETO IMPRESSIONISTA
de Antonio Luzo
"Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões,vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
dos ventos,vivos,vãs,vulcanizadas"
Cruz e Souza
Seduz,embriaga o pensamento,anula
toda memória para além da vida,
é um vinho sedutor,que me estimula!
o coração de fibra envelhecida...
Quando tudo é silêncio e a alma da Lua,
Quando tudo se exulsa e os astros descem
para melhor ouvir o que tressua
nos bordões pelo ar, que se arrefecem...
É quando já se vão... fica a lembrança
da asa fluida do Longe e o último verso
de porta em rua, p'ra desesperança...
Guardo-o comigo, no meu coração,
fica a adejar no ouvido o último terço...
guardo a saudade da última canção!
Ernani Rosas
In História do Gosto e Outros Poemas
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