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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

EU TE ESPERO



Eu sempre te esperei.
Eu sempre te esperei em uma nuvem de neve
tão diáfana e sutil, tão vaporosa e leve
e, num halo de luz, vinda de onde não sei,
Eu sempre te esperei.
E eu sei que tu virás.
E eu sei que tu virás num sonho alucinado,
na brancura de paz de um silêncio ondulado
e, suave como um luar de finos tafetás,
eu sei que tu virás.
E nem sei quando vens.
E nem sei quando vens. O tempo é um hiato.
Só o amor é verdade, e tudo o mais, abstrato.
Só o amor é que encerra o supremo dos bens,
e nem sei quando vens.
Mas te espero feliz.
Mas te espero feliz e entre anseios te aguardo.
Hás de chegar um dia e nessa espera eu ardo.
Sempre, por toda a vida (é minha alma que o diz)
Te esperarei feliz.


Gilberto Mendonça Teles
(HORA ABERTA - poemas reunidos - Ed. Vozes, 2003)

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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

EU TE ESPERO



Eu sempre te esperei.
Eu sempre te esperei em uma nuvem de neve
tão diáfana e sutil, tão vaporosa e leve
e, num halo de luz, vinda de onde não sei,
Eu sempre te esperei.
E eu sei que tu virás.
E eu sei que tu virás num sonho alucinado,
na brancura de paz de um silêncio ondulado
e, suave como um luar de finos tafetás,
eu sei que tu virás.
E nem sei quando vens.
E nem sei quando vens. O tempo é um hiato.
Só o amor é verdade, e tudo o mais, abstrato.
Só o amor é que encerra o supremo dos bens,
e nem sei quando vens.
Mas te espero feliz.
Mas te espero feliz e entre anseios te aguardo.
Hás de chegar um dia e nessa espera eu ardo.
Sempre, por toda a vida (é minha alma que o diz)
Te esperarei feliz.


Gilberto Mendonça Teles
(HORA ABERTA - poemas reunidos - Ed. Vozes, 2003)

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