Nascimento-Cruz Machado,PR- 12 de outubro de 1912 —
Morte-Curitiba, 15 de fevereiro de 2004
Em 12 de outubro de 1912, Helena nasceu, filha de Miguel
e Vitória Kolody, imigrantes ucranianos, em Cruz Machado,
Paraná. É a primeira brasileira da família. Passou a
infância no cenário catarinense de uma pequena vila :Três
Barras. Com 16 anos teve a primeira publicação de um poema
seu, “A lágrima”, na revista O Garoto, editada por
estudantes. Trabalhou por 23 anos no Instituto de Educação.
“Desde pequena eu amei as palavras. Quem me alfabetizou foi
minha tia de Rio Negro, professora do primeiro ano primário.
Eu nunca esqueço a primeira cartilha que tive em mãos,
cheia de figuras. Amei tanto aquele livro que nunca mais
parei de ler. As escolas emprestavam livros de sábado para
segunda e, assim, eu passava os finais de semana lendo e
lendo.”
Helena apreciava, desde pequena, a leitura de livros,
revistas, textos que lhe caíssem à mão. “Passava os finais
de semana lendo. Umas coleções, como “As grandes lendas da
humanidade “ eram minha delícia naquela época , tudo com o
elemento maravilhoso , mágico“. Assim , Helena Kolody
permeou sua produção poética com a crença no homem e em
suas possibilidades desde que aliada à religiosidade. A
análise intimista – alma solitária , silêncio , apego a
bens espirituais , carência amorosa – constitui em traço
forte de seu trabalho. "Quando criança, eu já gostava
de poesias e as cantava como se fossem hinos da escola."
Ela lembra ainda de amores platônicos na adolescência, que
lhe inspiraram algumas poesias em que aparece uma
resignação altiva. "Não acreditava que me amavam. Eu era
meio gordinha..." Helena não apreciava o progresso e este
fato fez com que o leitor observasse poemas amargurados,
melancólicos associados a um fio de esperança no dia de
amanhã. Com circularidade, ela produziu textos poéticos
que se avultavam em antíteses ou mesmo abstrações e
humildade.
Ocupou a cadeira número 28 da Academia Paranaense de Letras.
Em 14 de fevereiro de 2004, Helena se despede do mundo que
tão bem a recebeu e que tantas informações recebeu dela.
Uma perda que pode ser preenchida pela divulgação de
seus poemas – eternos versos de vida.
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