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terça-feira, 3 de setembro de 2013


Augusto Meyer, poeta e ensaísta, nasceu em Porto Alegre, RS, em 24 de janeiro de 1902 e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10 de julho de 1970.

Era filho de Augusto Ricardo Meyer e de Rosa Meyer, imigrantes alemães. Fez os estudos na cidade natal, mas deixou os cursos regulares para estudar línguas e literatura, dedicando-se a escrever. Colaborou com poemas e ensaios críticos em diversos jornais do Rio Grande do Sul, especialmente Diário de Notícias e Correio do Povo. Estreou na literatura em 1920, com o livro de poesias intitulado A ilusão querida, e foi com os livros Coração verde, Giraluz e Poemas de Bilu que conquistou renome nacional. Esses livros e outras obras posteriores foram depois reunidos em Poesias (1957). Pseudônimo: Guido Leal.

Em 1926 fundou com Teodomiro Tostes, Azevedo Cavalcante, João Santana e Miranda Neto a revista Madrugada. Foi diretor da Biblioteca Pública do Estado do Rio Grande do Sul, de 1930 a 1936. Transferiu-se para o Rio e com o grupo de intelectuais gaúchos trazido por Getúlio Vargas organizou o Instituto Nacional do Livro, em 1937, tendo sido seu diretor por cerca de trinta anos. Detentor do Prêmio Filipe de Oliveira (memórias) em 1947 e do Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, em 1950, pelo conjunto da obra literária. Dirigiu a cadeira de Estudos Brasileiros na Universidade de Hamburgo, Alemanha, e foi adido cultural do Brasil na Espanha.

Augusto Meyer é parte do modernismo gaúcho, introduzindo uma feição regionalista na poesia. Há também em seus versos uma linha lírica, quando evoca a infância, num misto de memória e autobiografia. Completa com Raul Bopp e Mario Quintana a trindade modernista do Rio Grande do Sul.

Como ensaísta, deixou estudo sobre Machado de Assis, um dos trabalhos exegéticos mais importantes sobre o escritor maior das letras brasileiras, que tanto admirava. Sua obra de crítico abrange uma vasta gama de interpretações, de autores nacionais e estrangeiros, que divulgou no Brasil.
A literatura e o folclore do Rio Grande do Sul também foram estudados em obras fundamentais. Cultivou uma espécie de memorialismo lírico em Segredos da infância e No tempo da flor. Com recursos de poeta e de pintor, o memorialista impõe, presença de fantasmas familiares, e daí passa aos da sua roda, aos da cidade, aos do mundo.

Sexto ocupante da Cadeira 13, eleito em 12 de maio de 1960, na sucessão de Hélio Lobo e recebido pelo Acadêmico Alceu Amoroso Lima em 19 de abril de 1961.
Fonte: ABL

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terça-feira, 3 de setembro de 2013


Augusto Meyer, poeta e ensaísta, nasceu em Porto Alegre, RS, em 24 de janeiro de 1902 e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10 de julho de 1970.

Era filho de Augusto Ricardo Meyer e de Rosa Meyer, imigrantes alemães. Fez os estudos na cidade natal, mas deixou os cursos regulares para estudar línguas e literatura, dedicando-se a escrever. Colaborou com poemas e ensaios críticos em diversos jornais do Rio Grande do Sul, especialmente Diário de Notícias e Correio do Povo. Estreou na literatura em 1920, com o livro de poesias intitulado A ilusão querida, e foi com os livros Coração verde, Giraluz e Poemas de Bilu que conquistou renome nacional. Esses livros e outras obras posteriores foram depois reunidos em Poesias (1957). Pseudônimo: Guido Leal.

Em 1926 fundou com Teodomiro Tostes, Azevedo Cavalcante, João Santana e Miranda Neto a revista Madrugada. Foi diretor da Biblioteca Pública do Estado do Rio Grande do Sul, de 1930 a 1936. Transferiu-se para o Rio e com o grupo de intelectuais gaúchos trazido por Getúlio Vargas organizou o Instituto Nacional do Livro, em 1937, tendo sido seu diretor por cerca de trinta anos. Detentor do Prêmio Filipe de Oliveira (memórias) em 1947 e do Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, em 1950, pelo conjunto da obra literária. Dirigiu a cadeira de Estudos Brasileiros na Universidade de Hamburgo, Alemanha, e foi adido cultural do Brasil na Espanha.

Augusto Meyer é parte do modernismo gaúcho, introduzindo uma feição regionalista na poesia. Há também em seus versos uma linha lírica, quando evoca a infância, num misto de memória e autobiografia. Completa com Raul Bopp e Mario Quintana a trindade modernista do Rio Grande do Sul.

Como ensaísta, deixou estudo sobre Machado de Assis, um dos trabalhos exegéticos mais importantes sobre o escritor maior das letras brasileiras, que tanto admirava. Sua obra de crítico abrange uma vasta gama de interpretações, de autores nacionais e estrangeiros, que divulgou no Brasil.
A literatura e o folclore do Rio Grande do Sul também foram estudados em obras fundamentais. Cultivou uma espécie de memorialismo lírico em Segredos da infância e No tempo da flor. Com recursos de poeta e de pintor, o memorialista impõe, presença de fantasmas familiares, e daí passa aos da sua roda, aos da cidade, aos do mundo.

Sexto ocupante da Cadeira 13, eleito em 12 de maio de 1960, na sucessão de Hélio Lobo e recebido pelo Acadêmico Alceu Amoroso Lima em 19 de abril de 1961.
Fonte: ABL

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