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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

HORA DA INSÔNIA



Noite sem termo! A Lua erra em delírio,
Balbucío palavras sem querer...
Cismo no olor vernal d'alma de um lírio,
E sou memória d'algo a transcender...

Sofro-lhe a ausência. A carne é meu martírio,
Ressurjo... Amo a visão do meu Não-Ser!
Todo meu corpo é amorfa névoa--círio...
Volúpia de um perfume a se perder.

Cismo na errante estrela, que deslumbra
O vaso de teu ser dentre o relento
Num murmúrio de fonte que ressumbra!

Sou o olfato! Amo as horas de um jardim...
Sou uma vaga sonora em pensamento:
Eflúvio lirial que vens a mim!...


Ernani Rosas

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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

HORA DA INSÔNIA



Noite sem termo! A Lua erra em delírio,
Balbucío palavras sem querer...
Cismo no olor vernal d'alma de um lírio,
E sou memória d'algo a transcender...

Sofro-lhe a ausência. A carne é meu martírio,
Ressurjo... Amo a visão do meu Não-Ser!
Todo meu corpo é amorfa névoa--círio...
Volúpia de um perfume a se perder.

Cismo na errante estrela, que deslumbra
O vaso de teu ser dentre o relento
Num murmúrio de fonte que ressumbra!

Sou o olfato! Amo as horas de um jardim...
Sou uma vaga sonora em pensamento:
Eflúvio lirial que vens a mim!...


Ernani Rosas

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