“Meu encontro com a poesia (se é que realmente a encontrei, pois me
vejo sempre em busca) deve ter mesmo o seu “como” e o seu “quando”,
como tudo que é submetido a uma apreciação histórica. No entanto,
nas autobiografias (e uma entrevista não deixa de o ser), não
parece haver apenas um “como” e um “quando”, pois eles se encadeiam
numa seqüência de acontecimentos simultâneos e crescentes, em
forma de desejo indefinido e de esperança confusa e, com o tempo,
se consolidam num projeto de vida, o qual, ao lado de outros
projetos de vida, acabam por se transformar no mais importante,
naquele sem o qual é impossível o absoluto da vida.”
vejo sempre em busca) deve ter mesmo o seu “como” e o seu “quando”,
como tudo que é submetido a uma apreciação histórica. No entanto,
nas autobiografias (e uma entrevista não deixa de o ser), não
parece haver apenas um “como” e um “quando”, pois eles se encadeiam
numa seqüência de acontecimentos simultâneos e crescentes, em
forma de desejo indefinido e de esperança confusa e, com o tempo,
se consolidam num projeto de vida, o qual, ao lado de outros
projetos de vida, acabam por se transformar no mais importante,
naquele sem o qual é impossível o absoluto da vida.”
{...]
“Cada poema tem sua história ou sua estória. Cada um responde a
estímulos diferentes. Há os que chegam por intermédio de uma
palavra, pela impressão de um tema; os que são motivados por
uma forte emoção ou por uma pequena emoção obsessiva; os que
chegam espontaneamente pelo simples impulso de escrever; e
há até os que são encomendados, tipo “Escreve um poema para
mim”. Então, o que precede à elaboração de um poema é UM ESTADO
DE CULTURA POÉTICA, uma, digamos, competência para escrevê-lo.”
Excerto de entrevista ao jornalista
Luiz Alberto Machado
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