
Estás aqui comigo, amor,
tuas ondas
que a meus sonâmbulos peixes
ainda escamam;
teu pescoço em colar de sargaços,
tuas anêmonas-sereias
que os dias e as noites
ainda me cantam.
Aqui, ainda, o marulhar infindo,
o saciar tamanho,
teus faróis e teus dorsais abismos
em redes obscuras que me entranham.
Tuas asas errantes, ave cara,
ainda fazem de meus rochedos
a sua mais noturna morada.
Estás absolutamente aqui, amor,
( ‘Eternamente’ – sussurras-me )
mas até quando?
Fernando Campanella
Nenhum comentário:
Postar um comentário