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Não há no Tempo o bálsamo perfeito
para amainar a dor de uma saudade;
para apagar o amor que jaz no peito
de quem pensou haver fidelidade
na voz gentil, no olhar, no meigo jeito
dos versos celebrando a eternidade
do bem querer em flor. Amor-perfeito
em rimas de promessas sem verdade.
O Tempo... Ah! Esse Tempo que não finda
toda paixão que me acalenta, ainda...
E embala meu sonhar em vão lamento!
Nem Tempo ou novo alguém têm a magia
que faz adormecer a nostalgia
deste sentir jogado ao léu, ao vento!
Patrícia Neme
Palmas, 03/10/2007
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