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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Águas, entreáguas


Águas, entreáguas

Em outras águas.
As chamadas entreáguas.
Onde a dor
liquefaz o homem
e o derrama em lágrima
sobre a própria face.

Onde a identidade se perde.
Se dobra sobre si mesma
em silêncio e lesma.
Se fecha se abrindo.
Sem nome certo
nem sobrenome de arcaicos reis.

Em águas
vindas de inesperadas vindimas da constatação
o homem se vê
no espelho das águas
e vê mais
que o espelho pode ver.

Entre estilhaços,
fragmentos, momentos,
certeza, incerteza,
aqui o homem se reconhece
e humilde entrega as roupas, corpo e alma:

se me abandonais, deuses,
deixai-me vossos sonhos.

Lindolf Bell

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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Águas, entreáguas


Águas, entreáguas

Em outras águas.
As chamadas entreáguas.
Onde a dor
liquefaz o homem
e o derrama em lágrima
sobre a própria face.

Onde a identidade se perde.
Se dobra sobre si mesma
em silêncio e lesma.
Se fecha se abrindo.
Sem nome certo
nem sobrenome de arcaicos reis.

Em águas
vindas de inesperadas vindimas da constatação
o homem se vê
no espelho das águas
e vê mais
que o espelho pode ver.

Entre estilhaços,
fragmentos, momentos,
certeza, incerteza,
aqui o homem se reconhece
e humilde entrega as roupas, corpo e alma:

se me abandonais, deuses,
deixai-me vossos sonhos.

Lindolf Bell

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