VII
Quem se dirige a mim,
sem aviso, sem convite,
sem dizer nome, sem abrir porta?
Quem surge da direção do mar largo,
as mãos sobre o peito
e a múltipla face?
Quem no primeiro degrau
exibe o possível
e o impossível,
para oferta aos pálidos reis
da estrela de uma cidade longínqua?
As urzes e os trigos se abrem
como se um rio afastasse
fora do tempo.
O advento de uma estação desconhecida
dentre as conhecidas datas do viver,
a mesma calmaria depois,
depois o mesmo porvir.
Quem farfalha roupas invisíveis na escadaria,
quem tange nações e povos no cortejo?
Pássaro desesperado numa sala fechada,
por que arrancas a sombra das fachadas
e as nervuras da água tocada?
E debaixo, bem debaixo das pontes
onde o tempo faz ninhos na ausência,
por que podar as ervas daninhas,
se é idade de tanto florir
e água de tanto nascer?
Lindolf Bell
In ‘Incorporação’
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quinta-feira, 7 de novembro de 2013
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quinta-feira, 7 de novembro de 2013
VII
VII
Quem se dirige a mim,
sem aviso, sem convite,
sem dizer nome, sem abrir porta?
Quem surge da direção do mar largo,
as mãos sobre o peito
e a múltipla face?
Quem no primeiro degrau
exibe o possível
e o impossível,
para oferta aos pálidos reis
da estrela de uma cidade longínqua?
As urzes e os trigos se abrem
como se um rio afastasse
fora do tempo.
O advento de uma estação desconhecida
dentre as conhecidas datas do viver,
a mesma calmaria depois,
depois o mesmo porvir.
Quem farfalha roupas invisíveis na escadaria,
quem tange nações e povos no cortejo?
Pássaro desesperado numa sala fechada,
por que arrancas a sombra das fachadas
e as nervuras da água tocada?
E debaixo, bem debaixo das pontes
onde o tempo faz ninhos na ausência,
por que podar as ervas daninhas,
se é idade de tanto florir
e água de tanto nascer?
Lindolf Bell
In ‘Incorporação’
Quem se dirige a mim,
sem aviso, sem convite,
sem dizer nome, sem abrir porta?
Quem surge da direção do mar largo,
as mãos sobre o peito
e a múltipla face?
Quem no primeiro degrau
exibe o possível
e o impossível,
para oferta aos pálidos reis
da estrela de uma cidade longínqua?
As urzes e os trigos se abrem
como se um rio afastasse
fora do tempo.
O advento de uma estação desconhecida
dentre as conhecidas datas do viver,
a mesma calmaria depois,
depois o mesmo porvir.
Quem farfalha roupas invisíveis na escadaria,
quem tange nações e povos no cortejo?
Pássaro desesperado numa sala fechada,
por que arrancas a sombra das fachadas
e as nervuras da água tocada?
E debaixo, bem debaixo das pontes
onde o tempo faz ninhos na ausência,
por que podar as ervas daninhas,
se é idade de tanto florir
e água de tanto nascer?
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