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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Não há razão nem tempo



não há razão nem tempo em ser amada
enquanto as tardes desfizerem a vida
e no sono desvirtuem-se as manhãs
não há canto na melancolia
no quanto hesite a palavra luz
mas quando não houver segredo
e nem ruído que rasure a madrugada
se a verdade amordaçada
respirar
e de teus dedos escorrerem prantos
pelos anos de nunca e mais e tantos
tu te morrerás
e eu deixando enfim a nódoa
transparente
libertarei a aurora ao tom
da tempestade
e deixarei que me inunde
a paz

Lilia Silvestre Chaves
in 'E todas as orquestras acenderam a lua'
(Belém do Pará - 1951)

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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Não há razão nem tempo



não há razão nem tempo em ser amada
enquanto as tardes desfizerem a vida
e no sono desvirtuem-se as manhãs
não há canto na melancolia
no quanto hesite a palavra luz
mas quando não houver segredo
e nem ruído que rasure a madrugada
se a verdade amordaçada
respirar
e de teus dedos escorrerem prantos
pelos anos de nunca e mais e tantos
tu te morrerás
e eu deixando enfim a nódoa
transparente
libertarei a aurora ao tom
da tempestade
e deixarei que me inunde
a paz

Lilia Silvestre Chaves
in 'E todas as orquestras acenderam a lua'
(Belém do Pará - 1951)

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