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Forças que me levais por sobre o Oceano,
Para as fluidas regiões incompreendidas,
Onde se transfigura o ser humano
Na essência misteriosa de outras vidas,
Dai-me, como sabor do ultimo engano,
Neste mundo de graças desmentidas,
A ilusão de sentir-me sobre-humano,
Por estas amplidões indefinidas . . .
Na orgia, aqui, do Sol e das distancias,
Sonho, sentindo uma revoada de ânsias,
Ser chama – asa das ultimas vertigens –
Para, no ar, difundir-me em claridade
E, como o dia – espasmo das origens –
Fecundar de meu ser a Imensidade!
Luis Carlos
In: Amplidão
Um comentário:
passando para me deliciar com mais uma de tuas belas escolhas.
Belo poema. Muito profundo!
Beijos,
Furtado.
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