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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Delírio



Pensei, houvera a nuvem da incerteza,
toldado o brilho claro das estrelas;
mas, no rolar da lágrima, a crueza:
é a dor – e dói de um tanto... – a enublecê-las.

É a dor que se mantém no céu acesa,
tal contas de cristal; como não vê-las?
Ou céu é minha dor, numa ardileza
das lágrimas – buscando ser estrelas?

Mas pode haver no céu tamanho inferno?
Teu nome são os anjos que murmuram,
quando mais a saudade me lacera?

Ou há de ser, no meu loucor eterno,
o céu, um paraíso onde amarguram
os sonhos, de quem vive em vã espera?


- Patricia Neme -

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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Delírio



Pensei, houvera a nuvem da incerteza,
toldado o brilho claro das estrelas;
mas, no rolar da lágrima, a crueza:
é a dor – e dói de um tanto... – a enublecê-las.

É a dor que se mantém no céu acesa,
tal contas de cristal; como não vê-las?
Ou céu é minha dor, numa ardileza
das lágrimas – buscando ser estrelas?

Mas pode haver no céu tamanho inferno?
Teu nome são os anjos que murmuram,
quando mais a saudade me lacera?

Ou há de ser, no meu loucor eterno,
o céu, um paraíso onde amarguram
os sonhos, de quem vive em vã espera?


- Patricia Neme -

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