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terça-feira, 13 de janeiro de 2009
'Antídotos'
Desejo um antídoto louco para esta saudade
e um amor inda mais louco para minha vontade
que vê no teu amor ausência de verdade
e fartura de medo.
Teus passos parecem não ter pressa
e, em vez de virem, vão isolados
como se cantassem inglórios a perda do caminho.
Esvaem-se no trago triste que sorri,
tecendo lágrimas, vomitando no teu pranto.
Tudo é igual e diferente,
parece que desamamos em um mesmo amor pungente
ferido a ferro e fogo e a perecer.
Se qualquer antídoto houver,
toma-o se quiseres e segue.
Teu pranto é a outra dor perversa
que meus olhos têm pressa de acabar.
Paulino Vergetti Neto
Publicado no Recanto das Letras em 13/01/2009
Código do Texto:1382091
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terça-feira, 13 de janeiro de 2009
'Antídotos'
Desejo um antídoto louco para esta saudade
e um amor inda mais louco para minha vontade
que vê no teu amor ausência de verdade
e fartura de medo.
Teus passos parecem não ter pressa
e, em vez de virem, vão isolados
como se cantassem inglórios a perda do caminho.
Esvaem-se no trago triste que sorri,
tecendo lágrimas, vomitando no teu pranto.
Tudo é igual e diferente,
parece que desamamos em um mesmo amor pungente
ferido a ferro e fogo e a perecer.
Se qualquer antídoto houver,
toma-o se quiseres e segue.
Teu pranto é a outra dor perversa
que meus olhos têm pressa de acabar.
Paulino Vergetti Neto
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