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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

SONETO 4


O tempo é a gente – uma pessoa amiga
Com quem convido rumos a um novelo;
Pessoa longamente agora e antiga
Na esperança – retrato sem modelo.
Mas quando alguém se desenreda e morre
Em cada ponta a ponta que se escoa,
O tempo é como uma pessoa escorre
Da gente. E a gente nasce outra pessoa!
- “Alô espelho, aqui falando outrora
( Porque eu não disse não à tua espera? ).
Responde – quem morreu como quem era?”
É assim que o tempo desarruma –
Quatro pessoas, duas ou nenhuma?


Homero Frei
In: Interior do Tempo

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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

SONETO 4


O tempo é a gente – uma pessoa amiga
Com quem convido rumos a um novelo;
Pessoa longamente agora e antiga
Na esperança – retrato sem modelo.
Mas quando alguém se desenreda e morre
Em cada ponta a ponta que se escoa,
O tempo é como uma pessoa escorre
Da gente. E a gente nasce outra pessoa!
- “Alô espelho, aqui falando outrora
( Porque eu não disse não à tua espera? ).
Responde – quem morreu como quem era?”
É assim que o tempo desarruma –
Quatro pessoas, duas ou nenhuma?


Homero Frei
In: Interior do Tempo

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