
No teu olhar vejo prenúncio de alvorada,
canto de pássaros... O sol... A brisa amena...
A relva verde... O rio manso... Até a estrada
de onde a esperança, enternecida, a mim, acena.
No teu olhar de mil paixões... Ventura plena?
Perco meu norte... Sou quem sou... Ou não sou nada?
Olhos que juram vida em paz, simples, serena...
E me sussurram aventura não pensada.
No teu olhar... Sonho... Delírio... Insanidade?
Como saber se és ilusão... Ou se és verdade?
Se creio, arrisco... Se desisto... O que fazer?
Como eu quisera mergulhar nessa promessa
e palmilhar teu coração, sem medo ou pressa...
No teu olhar, viver, morrer... E renascer!
- Patricia Neme -