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Ensaio um assobio
mas a arvore enfadada pede que me cale.
Na noite os ramos tem sono,
o cansaço do ar esta parado.
De fato, vejo que a madrugada é muito antiga.
Em sua noz, minha alegria não altera o silencio,
O peso das portas que dormem.
Recolho o hálito de festa.
O frescor do mentol,
o ruído do sapato novo,
um passo deixando outro
- eis o que posso rescaldar no caminho de volta,
antes que amanheça.
Alcides Villaça
In: Viagem de Trem
2 comentários:
Uma nova semana maravilhosa para ti, que venham mais e mais poemas de tão bom gosto como esse!
beijo
Recordo-me que, quando ao sair das festas em plena madrugada, o silêncio imperava, inclusive, nós mesmos, seguindo os princípios da boa educação, evitávamos fazer barulho. Lindo poema! Ótima escolha!
Beijos e bom feriado.
Furtado.
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