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sexta-feira, 6 de março de 2009

TRÊS INSTANTES DE PERPLEXIDADE - 1



O que adianta esperar sem sofrimento?
O mesmo relógio parado na beira do tempo
o relâmpago o trovão o raio e o pensamento
o velho retrato de meus pais aprumado sobre
a cristaleira exibindo o mesmo bigode do dia
do casamento celebrado na mesma igreja
perante o mesmo altar da mesma santa...
O que adianta...

... se o que desejo é tão incerto como o olhar
de um pássaro cativo na gaiola do meu vizinho
herói de si mesmo e emérito caçador de nada,
se o que me leva é leve como o pólen na brisa
passageira e breve como o traço de uma flor,
se o que me faz viver é essa esperança
desesperada de sobreviver do meu amor?...

Julis Calderón

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sexta-feira, 6 de março de 2009

TRÊS INSTANTES DE PERPLEXIDADE - 1



O que adianta esperar sem sofrimento?
O mesmo relógio parado na beira do tempo
o relâmpago o trovão o raio e o pensamento
o velho retrato de meus pais aprumado sobre
a cristaleira exibindo o mesmo bigode do dia
do casamento celebrado na mesma igreja
perante o mesmo altar da mesma santa...
O que adianta...

... se o que desejo é tão incerto como o olhar
de um pássaro cativo na gaiola do meu vizinho
herói de si mesmo e emérito caçador de nada,
se o que me leva é leve como o pólen na brisa
passageira e breve como o traço de uma flor,
se o que me faz viver é essa esperança
desesperada de sobreviver do meu amor?...

Julis Calderón

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