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quinta-feira, 12 de março de 2009
"CANÇÃO I"
Viver não dói. O que dói
é a vida que não se vive.
Tanto mais bela sonhada,
quanto mais triste perdida.
Viver não dói. O que dói
é o tempo, essa fôrça onírica
em que se criam os mitos
que o próprio tempo devora.
Viver não dói. O que dói
é essa estranha lucidez,
misto de fome e de sede
com que tudo devoramos.
Viver não dói. O que dói
ferindo fundo, ferindo,
é a distância infinita
entre a vida que se pensa
e o pensamento vivido.
Que tudo mais é perdido.
Emílio Moura
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quinta-feira, 12 de março de 2009
"CANÇÃO I"
Viver não dói. O que dói
é a vida que não se vive.
Tanto mais bela sonhada,
quanto mais triste perdida.
Viver não dói. O que dói
é o tempo, essa fôrça onírica
em que se criam os mitos
que o próprio tempo devora.
Viver não dói. O que dói
é essa estranha lucidez,
misto de fome e de sede
com que tudo devoramos.
Viver não dói. O que dói
ferindo fundo, ferindo,
é a distância infinita
entre a vida que se pensa
e o pensamento vivido.
Que tudo mais é perdido.
Emílio Moura
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Emílio Moura
Um comentário:
- A. Everton Rocha disse...
-
lindo poema... lindo de morrer
tenho um blog tbm: mas posto coisas minhas: http://mofumbal.blogspot.com/ - quarta-feira, outubro 07, 2009
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Um comentário:
lindo poema... lindo de morrer
tenho um blog tbm: mas posto coisas minhas: http://mofumbal.blogspot.com/
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