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terça-feira, 17 de março de 2009
Canção de Remar
Doce peso
desta sonolência,
leve cadência
de amor e desprezo.
Lua mansa,
pedaço perdido
do anel partido
de alguma esperança.
Grande estrela
toda desfolhada
na água parada
para recebê-la.
Noite fria,
sem desejo humano.
Brisa no oceano
Da melancolia.
Rosto sério
das ondas do mundo.
Bóiam no fundo
ramos de mistério.
( Doce peso
desta sonolência...
leve cadência
de amor e desprezo...)
Cecília Meireles
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terça-feira, 17 de março de 2009
Canção de Remar
Doce peso
desta sonolência,
leve cadência
de amor e desprezo.
Lua mansa,
pedaço perdido
do anel partido
de alguma esperança.
Grande estrela
toda desfolhada
na água parada
para recebê-la.
Noite fria,
sem desejo humano.
Brisa no oceano
Da melancolia.
Rosto sério
das ondas do mundo.
Bóiam no fundo
ramos de mistério.
( Doce peso
desta sonolência...
leve cadência
de amor e desprezo...)
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