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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

EM TOM DE BRANCO



Branco,
não nos sabemos.
Limitamo-nos espaço
a ser –
- e morremos.

Branco, imaginasse a tua cruz:
uma campa, um sino,
a casa
- aquela casa –
Tudo o mais ainda somos
e não passamos
- somos –
e não morremos.

Ah luz, ah imenso branco,
esta tela, esta angústia,
este ser
- é branco?

A cor não existe.
Somos o que inventamos.
Passamos.
Mas o nada insiste.


Lúcio Cardoso
in Poemas Inéditos
(Minas Gerais- 1913-1968)

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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

EM TOM DE BRANCO



Branco,
não nos sabemos.
Limitamo-nos espaço
a ser –
- e morremos.

Branco, imaginasse a tua cruz:
uma campa, um sino,
a casa
- aquela casa –
Tudo o mais ainda somos
e não passamos
- somos –
e não morremos.

Ah luz, ah imenso branco,
esta tela, esta angústia,
este ser
- é branco?

A cor não existe.
Somos o que inventamos.
Passamos.
Mas o nada insiste.


Lúcio Cardoso
in Poemas Inéditos
(Minas Gerais- 1913-1968)

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