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terça-feira, 2 de junho de 2009

Desamparo

(Gary Benfield)


Como se não bastasse
a terra sem memória,
as chuvas aqui vêem beber
nossa incredulidade

Ninguém olha o que se dessedenta
entre oceanos tracionados
nos azuis dos trópicos
deixando o tempo no desamparo

Os céus desabam no alvor
do amanhecer atordoado,
arrastando-se pelo cenário
calcinado e rude
onde o mar se ajoelha e rebate
mas nunca se apura.

Conceição Bentes
Publicado no Recanto das Letras em 27/05/09
Código do Texto: T1617843

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terça-feira, 2 de junho de 2009

Desamparo

(Gary Benfield)


Como se não bastasse
a terra sem memória,
as chuvas aqui vêem beber
nossa incredulidade

Ninguém olha o que se dessedenta
entre oceanos tracionados
nos azuis dos trópicos
deixando o tempo no desamparo

Os céus desabam no alvor
do amanhecer atordoado,
arrastando-se pelo cenário
calcinado e rude
onde o mar se ajoelha e rebate
mas nunca se apura.

Conceição Bentes
Publicado no Recanto das Letras em 27/05/09
Código do Texto: T1617843

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