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sexta-feira, 26 de junho de 2009
CRISTAL
Cultivo a minha rosa no mais puro
cristal, mas uma febre me rói pétala
a pétala com uma fome louca
e da flor resta a jarra solitária.
Um cavalo galopa no meu peito,
com seus cascos de fogo me transporta
ao delírio, à neblina da memória.
Tenho uma cruz na boca, tenho terra
nos olhos e uma noite me solapa
cruel, sorrindo escárnio e pus e campa.
Leva-me a insânia numa sem regresso
viagem pelos pântanos escuros
da alma em sua procura esconsa e azeite
e sei quem sou na forma do poema.
José Carlos Brandão
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sexta-feira, 26 de junho de 2009
CRISTAL
Cultivo a minha rosa no mais puro
cristal, mas uma febre me rói pétala
a pétala com uma fome louca
e da flor resta a jarra solitária.
Um cavalo galopa no meu peito,
com seus cascos de fogo me transporta
ao delírio, à neblina da memória.
Tenho uma cruz na boca, tenho terra
nos olhos e uma noite me solapa
cruel, sorrindo escárnio e pus e campa.
Leva-me a insânia numa sem regresso
viagem pelos pântanos escuros
da alma em sua procura esconsa e azeite
e sei quem sou na forma do poema.
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