Seja bem-vindo. Hoje é
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Instância
Quem volta ao lugar perdido
quer ver o tempo.
Não vê a casa, o muro, o degrau mais fino:
quer no bater do coração o antigo.
Espanta a resistência daquela árvore,
a mesma e outra nesta floração.
Espanta a cor fiel dos azulejos,
a penumbra e o tom daquele quarto
desenhados na pauta de outros olhos.
Quem retorna não mora no outro tempo,
embora imite o rosto ancestral.
Quem retorna medita. Não cruza o corredor
como planava a mosca distraída.
Pode-se sentar na escada, prover os olhos
com a massa do cenário inocente.
Livre-se o coração para a verdade
desta árvore em gala de outro amor.
Alcides Villaça
In: Viagem de Trem-1988-
(Atibaia- São Paulo-1946)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Instância
Quem volta ao lugar perdido
quer ver o tempo.
Não vê a casa, o muro, o degrau mais fino:
quer no bater do coração o antigo.
Espanta a resistência daquela árvore,
a mesma e outra nesta floração.
Espanta a cor fiel dos azulejos,
a penumbra e o tom daquele quarto
desenhados na pauta de outros olhos.
Quem retorna não mora no outro tempo,
embora imite o rosto ancestral.
Quem retorna medita. Não cruza o corredor
como planava a mosca distraída.
Pode-se sentar na escada, prover os olhos
com a massa do cenário inocente.
Livre-se o coração para a verdade
desta árvore em gala de outro amor.
Alcides Villaça
In: Viagem de Trem-1988-
(Atibaia- São Paulo-1946)
Marcadores:
Alcides Villaça
Um comentário:
- Carlucha disse...
-
Lindo...
Quem retorna contempla,
não a paisagem...
mas a sua própria vida!
:) - quinta-feira, agosto 20, 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Lindo...
Quem retorna contempla,
não a paisagem...
mas a sua própria vida!
:)
Postar um comentário