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sexta-feira, 28 de novembro de 2008
A chuva entorna na paisagem calma
uma indolência de abandono e sono.
Paisagem triste como a de minha alma...
A chuva é um longo sono de abandono...
Olho através do espelho da vidraça:
dorme o jardim sob os soluços da água...
Na rua, alguém cantarolando passa,
cantarolando a minha própria mágoa.
Quem será esse vulto que se apossa
da fina dor que em minha vida existe,
para cantá-la assim, num ar de troca,
de uma maneira que me põe mais triste?
E olho através do espelho da vidraça:
dorme o jardim sob os soluções da água.
Na rua adormecida, ninguém passa...
A chuva canta a minha própria mágoa.
Onestado de Pennafort
in 'Poesia'
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sexta-feira, 28 de novembro de 2008
A chuva entorna na paisagem calma
uma indolência de abandono e sono.
Paisagem triste como a de minha alma...
A chuva é um longo sono de abandono...
Olho através do espelho da vidraça:
dorme o jardim sob os soluços da água...
Na rua, alguém cantarolando passa,
cantarolando a minha própria mágoa.
Quem será esse vulto que se apossa
da fina dor que em minha vida existe,
para cantá-la assim, num ar de troca,
de uma maneira que me põe mais triste?
E olho através do espelho da vidraça:
dorme o jardim sob os soluções da água.
Na rua adormecida, ninguém passa...
A chuva canta a minha própria mágoa.
Onestado de Pennafort
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