Seja bem-vindo. Hoje é
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
‘Canção com harpa dentro’
(Gustav Klimt)
Tenho tanta carga
no olhar sem fronteira,
que já me despeço:
pombo, das roseiras.
Mas ganhei cobiça
quando, amor, sorriste.
Não secaram águas,
nenhum sino ouviu-se.
Grilo, não te cales,
besouros da fala,
chama pelos ares
que a manhã escala.
Cessem como as larvas,
velas, remos, harpas.
Este amor, Amada,
move-me de nadas.
Este amor tão grande
não tem mais palavras.
Carlos Nejar
In ‘Canções’ (2007)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
‘Canção com harpa dentro’
(Gustav Klimt)
Tenho tanta carga
no olhar sem fronteira,
que já me despeço:
pombo, das roseiras.
Mas ganhei cobiça
quando, amor, sorriste.
Não secaram águas,
nenhum sino ouviu-se.
Grilo, não te cales,
besouros da fala,
chama pelos ares
que a manhã escala.
Cessem como as larvas,
velas, remos, harpas.
Este amor, Amada,
move-me de nadas.
Este amor tão grande
não tem mais palavras.
Carlos Nejar
In ‘Canções’ (2007)
Marcadores:
Carlos Nejar
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário