
Velha flauta geme e chora,
Ora temas melodiosos,
Ora acordes vigorosos,
Saudando a vinda da aurora.
Todos dormem muito embora
Aqueles sons tão chorosos
Vão morrendo, vagarosos,
Até ficarem de fora.
No horizonte, o sol se ensaia
Tornando belo o cenário,
Nesta manhã junto ao mar.
Como é linda a branca praia,
Por onde assim solitário
Estou desde o madrugar.
Santos, Outubro de 1949.
Ives Gandra
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