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domingo, 8 de fevereiro de 2009
INDELICADEZA
Perpétuo moto,
já nem sei des’quando...
Filhos – são três;
mas quanta agitação.
Na mesa farta, um indicativo:
sou cozinheira, de forno e fogão.
A roupa suja brota das paredes,
que alguém decora com marcas de mão;
eu lavo, passo, dou alguns pontinhos,
faço bainha, reprego botão.
Molhar as plantas,
faxinar janelas,
lavar banheiros,
arear panelas,
na sexta-feira, encerar o chão.
Na correria, pão de cada dia,
num volteado, olho no espelho,
e estranho o rosto, de funda expressão.
Onde o frescor do traço adolescente,
o ar maroto, quase irreverente?...
E o meu cabelo... virou algodão!
Então, sorrio ante tal surpresa:
se foi o Tempo – e que indelicadeza,
nem me falou da sua afobação!
- Patricia Neme -
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domingo, 8 de fevereiro de 2009
INDELICADEZA
Perpétuo moto,
já nem sei des’quando...
Filhos – são três;
mas quanta agitação.
Na mesa farta, um indicativo:
sou cozinheira, de forno e fogão.
A roupa suja brota das paredes,
que alguém decora com marcas de mão;
eu lavo, passo, dou alguns pontinhos,
faço bainha, reprego botão.
Molhar as plantas,
faxinar janelas,
lavar banheiros,
arear panelas,
na sexta-feira, encerar o chão.
Na correria, pão de cada dia,
num volteado, olho no espelho,
e estranho o rosto, de funda expressão.
Onde o frescor do traço adolescente,
o ar maroto, quase irreverente?...
E o meu cabelo... virou algodão!
Então, sorrio ante tal surpresa:
se foi o Tempo – e que indelicadeza,
nem me falou da sua afobação!
- Patricia Neme -
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