Desfez-se da inquietação,
abandonou a luta
e caminhou vagarosamente
para a aceitação...
A realidade do dia-a-dia
sempre foi para ele
desespero e agonia.
Cansado, deitou-se na relva,
olhou para o céu, bebeu azul e paz,
aspirou os aromas silvestres
depois fechou os olhos
e deixou a alma sonhar...
A bela alma foi brincar
no recanto mágico de seus desejos,
lá, onde há luz, música e beijos,
onde ninguém tem motivos para chorar...
Adormeceu sorrindo
ouvindo a flauta do vento
no arvoredo que dançava ali, ao lado...
E, sonhando dormindo
o mesmo sonho que sonhara acordado.
Zoraida H. Guimarães
in Na Passarela do Tempo
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