Na eterna paz das noites silenciosas
E por onde estrelas glaciais florescem,
Pelas excelsas aras luminosas
Dos céus azuis, brancas neblinas descem.
Cristalinas hosanas langorosas
Na boca dos arcanjos desfalecem.
E num concerto de harpas misteriosas
Lótus de amor pela amplidão fenecem.
Todo o paul da terra se perfuma
E desabrocha no éter e na bruma
A gestação das flores imortais.
E, do mar das angústias e das ânsias,
As nossas almas bóiam nas distâncias
Das remotas paragens siderais.
Gonçalo Jácome
(Pernambuco, 1875-1943)
in “Panorama do Movimento Simbolista Brasileiro”
E por onde estrelas glaciais florescem,
Pelas excelsas aras luminosas
Dos céus azuis, brancas neblinas descem.
Cristalinas hosanas langorosas
Na boca dos arcanjos desfalecem.
E num concerto de harpas misteriosas
Lótus de amor pela amplidão fenecem.
Todo o paul da terra se perfuma
E desabrocha no éter e na bruma
A gestação das flores imortais.
E, do mar das angústias e das ânsias,
As nossas almas bóiam nas distâncias
Das remotas paragens siderais.
Gonçalo Jácome
(Pernambuco, 1875-1943)
in “Panorama do Movimento Simbolista Brasileiro”
Um comentário:
Olá amiga! Passando para te desejar um ótimo domingo e dizer que adorei o soneto do meu conterrâneo, principalmente o terceto abaixo:
Todo o paul da terra se perfuma
E desabrocha no éter e na bruma
A gestação das flores imortais.
Abraços e que fiques na paz de DEUS.
Furtado.
Postar um comentário