Eu amo as sombras que tremulosas
Descem, de luto cobrindo as leiras,
- Ora perdidas nas capoeiras,
- Ora nas vargens silenciosas.
Sombras de longe, sombras saudosas,
Sobre colinas, sombras ligeiras,
Aves noturnas pelas esteiras
Da imensidade de nebulosas.
Nos dilatados, bravios mares,
Sombras inquietas e viajantes,
Iguais às sombras dos meus pesares.
Na praia algente de branca areia,
- Sombras que eu amo, sombras errantes
Das noites claras de lua cheia!
Ferreira Itajubá
(Natal, RN, 21 de Agosto de 1876 – Rio de Janeiro, 30 de Junho de 1912)
Descem, de luto cobrindo as leiras,
- Ora perdidas nas capoeiras,
- Ora nas vargens silenciosas.
Sombras de longe, sombras saudosas,
Sobre colinas, sombras ligeiras,
Aves noturnas pelas esteiras
Da imensidade de nebulosas.
Nos dilatados, bravios mares,
Sombras inquietas e viajantes,
Iguais às sombras dos meus pesares.
Na praia algente de branca areia,
- Sombras que eu amo, sombras errantes
Das noites claras de lua cheia!
Ferreira Itajubá
(Natal, RN, 21 de Agosto de 1876 – Rio de Janeiro, 30 de Junho de 1912)
2 comentários:
Olá amiga! Passando para te desejar uma ótima semana e dizer que amei o soneto do Ferreira Itajubá, principalmente o quarteto abaixo:
Sombras de longe, sombras saudosas,
Sobre colinas, sombras ligeiras,
Aves noturnas pelas esteiras
Da imensidade de nebulosas.
Beijos pra ti e para os teus.
Furtado.
Minha amiga querida...
Teu blog é simplesmente deslumbrante! Uma jóia incrustrada de poesias!
Estarei sempre aqui, pois tudo fascina e encanta!
Beijo carinhoso minha amiga
Bea
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