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sábado, 5 de setembro de 2009

FIM DE FESTA



Ensaio um assobio
mas a arvore enfadada pede que me cale.
Na noite os ramos tem sono,
o cansaço do ar esta parado.


De fato, vejo que a madrugada é muito antiga.
Em sua noz, minha alegria não altera o silencio,
O peso das portas que dormem.


Recolho o hálito de festa.
O frescor do mentol,
o ruído do sapato novo,
um passo deixando outro
- eis o que posso rescaldar no caminho de volta,
antes que amanheça.



Alcides Villaça
In: Viagem de Trem

2 comentários:

Sonia Schmorantz disse...

Uma nova semana maravilhosa para ti, que venham mais e mais poemas de tão bom gosto como esse!
beijo

Rosemildo Sales Furtado disse...

Recordo-me que, quando ao sair das festas em plena madrugada, o silêncio imperava, inclusive, nós mesmos, seguindo os princípios da boa educação, evitávamos fazer barulho. Lindo poema! Ótima escolha!

Beijos e bom feriado.

Furtado.

sábado, 5 de setembro de 2009

FIM DE FESTA



Ensaio um assobio
mas a arvore enfadada pede que me cale.
Na noite os ramos tem sono,
o cansaço do ar esta parado.


De fato, vejo que a madrugada é muito antiga.
Em sua noz, minha alegria não altera o silencio,
O peso das portas que dormem.


Recolho o hálito de festa.
O frescor do mentol,
o ruído do sapato novo,
um passo deixando outro
- eis o que posso rescaldar no caminho de volta,
antes que amanheça.



Alcides Villaça
In: Viagem de Trem

2 comentários:

Sonia Schmorantz disse...

Uma nova semana maravilhosa para ti, que venham mais e mais poemas de tão bom gosto como esse!
beijo

Rosemildo Sales Furtado disse...

Recordo-me que, quando ao sair das festas em plena madrugada, o silêncio imperava, inclusive, nós mesmos, seguindo os princípios da boa educação, evitávamos fazer barulho. Lindo poema! Ótima escolha!

Beijos e bom feriado.

Furtado.