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segunda-feira, 25 de maio de 2009
SONETO DA CONTRADIÇÃO
O tempo de calar está maduro.
Sobre a trama incompleta dos minutos
o óleo do tédio escorre espesso e escuro
na emanação secreta de outros lutos.
Morte? Não é. A flor arde no muro,
dádiva subsolar. E, resolutos,
passos passados soam no futuro.
A vida flui-reflui em seus astutos
engodos de ir e vir, mas duplicados
na alma dúplice e vária, inda que ágil
entre as sombras dos túmulos caiados;
e a música das horas silenciosas
reaviva no tempo o encanto frágil
do amor, das madrugadas e das rosas.
Waldemar Lopes
In: Cinza de Estrelas
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segunda-feira, 25 de maio de 2009
SONETO DA CONTRADIÇÃO
O tempo de calar está maduro.
Sobre a trama incompleta dos minutos
o óleo do tédio escorre espesso e escuro
na emanação secreta de outros lutos.
Morte? Não é. A flor arde no muro,
dádiva subsolar. E, resolutos,
passos passados soam no futuro.
A vida flui-reflui em seus astutos
engodos de ir e vir, mas duplicados
na alma dúplice e vária, inda que ágil
entre as sombras dos túmulos caiados;
e a música das horas silenciosas
reaviva no tempo o encanto frágil
do amor, das madrugadas e das rosas.
Waldemar Lopes
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