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quarta-feira, 18 de abril de 2012
'O Paradoxo dos Sentidos'
A distância nos aproxima.
A ausência traz tua presença.
Quando não te vejo mais te percebo.
No silêncio a sós ouço tua voz.
Na solidão ando contigo em pensamento pela mão.
Enxergo claro a noite através da escuridão.
No antagonismo da adversidade
mostra-se os sentidos e a autenticidade.
Será sempre assim?
Precisaremos do oposto em nosso posto.
Do amargo para lembrar o doce do gosto.
Indeléveis marcas da vida são os reversos.
Que muitas vezes só entendemos nos versos.
Jorge Cabral
(Porto alegre- RS)
Metamorfose
As borboletas são as flores
que, enfim, conseguiram voar,
mas vivem a rondar as plantas
como quem ronda o antigo lar;
há sempre, pelo ar, um jardim
de rosa múltipla e jasmim,
e há, talvez, a vontade enorme
em tudo de perder seu peso,
ter a leveza de quem dorme,
ser a lembrança no abandono,
ou luz de estrela se apagando.
Alberto da Cunha Melo
In: Dois caminhos e uma oração
"A GENTE NUNCA ESTA SÓ"
A gente nunca está só.
Ou se está com uma saudade
De um sonho desfeito em pó;
Ou se está com uma esperança
De nova felicidade
No coração que não cansa. . .
Sempre uma sombra com a gente,
Constantemente,
Uma sombra. . . Boa. . . ou má. . .
Só é que nunca se está.
Adelmar Tavares
In: Poesias Escolhidas
***********
Adelmar Tavares da Silva Cavalcanti
(Recife, 16 de fevereiro de 1888 — Rio de Janeiro, 20 de junho de 1963)
foi um advogado, professor, jurista, magistrado e poeta brasileiro. Ocupou a cadeira 11 da Academia Brasileira de Letras, onde foi eleito em 25 de março de 1926. Era considerado o
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quarta-feira, 18 de abril de 2012
'O Paradoxo dos Sentidos'
A distância nos aproxima.
A ausência traz tua presença.
Quando não te vejo mais te percebo.
No silêncio a sós ouço tua voz.
Na solidão ando contigo em pensamento pela mão.
Enxergo claro a noite através da escuridão.
No antagonismo da adversidade
mostra-se os sentidos e a autenticidade.
Será sempre assim?
Precisaremos do oposto em nosso posto.
Do amargo para lembrar o doce do gosto.
Indeléveis marcas da vida são os reversos.
Que muitas vezes só entendemos nos versos.
Jorge Cabral
(Porto alegre- RS)
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Metamorfose
As borboletas são as flores
que, enfim, conseguiram voar,
mas vivem a rondar as plantas
como quem ronda o antigo lar;
há sempre, pelo ar, um jardim
de rosa múltipla e jasmim,
e há, talvez, a vontade enorme
em tudo de perder seu peso,
ter a leveza de quem dorme,
ser a lembrança no abandono,
ou luz de estrela se apagando.
Alberto da Cunha Melo
In: Dois caminhos e uma oração
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"A GENTE NUNCA ESTA SÓ"
A gente nunca está só.
Ou se está com uma saudade
De um sonho desfeito em pó;
Ou se está com uma esperança
De nova felicidade
No coração que não cansa. . .
Sempre uma sombra com a gente,
Constantemente,
Uma sombra. . . Boa. . . ou má. . .
Só é que nunca se está.
Adelmar Tavares
In: Poesias Escolhidas
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Adelmar Tavares da Silva Cavalcanti
(Recife, 16 de fevereiro de 1888 — Rio de Janeiro, 20 de junho de 1963)
foi um advogado, professor, jurista, magistrado e poeta brasileiro. Ocupou a cadeira 11 da Academia Brasileira de Letras, onde foi eleito em 25 de março de 1926. Era considerado o
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