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terça-feira, 23 de agosto de 2011
Os ventos
Não há, nos ventos,
a liberdade da morte,
embora sejam implacáveis e
jamais perdoem as folhas secas.
Todos os ventos têm nome
mas não se conhece nenhum
de perto, embora
se agarrem a você
e desorganizem a harmonia.
Os ventos não têm forma
mas sabemos todas as suas aspirações
e os seus amores com o mar e as árvores.
Os ventos não têm a liberdade da morte
diluídos na essência
do que nunca aconteceu.
Ashford Castle, Irlanda, julho 92
Álvaro Pacheco
In Geometria dos Ventos (1992)
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Eu, no tempo
Meu espírito caminha irreversivelmente para a irrealidade de tudo.
O universo para, de repente, à espera de minha infância.
Tudo repousa em seu lugar.
O tempo, no relógio.
O silencio, na pedra.
Jogo as máscaras fora e me identifico comigo
que me esperava há séculos.
Emílio Moura
In: Itinerário Poético
Entre o Real e a Fabula
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terça-feira, 23 de agosto de 2011
Os ventos
Não há, nos ventos,
a liberdade da morte,
embora sejam implacáveis e
jamais perdoem as folhas secas.
Todos os ventos têm nome
mas não se conhece nenhum
de perto, embora
se agarrem a você
e desorganizem a harmonia.
Os ventos não têm forma
mas sabemos todas as suas aspirações
e os seus amores com o mar e as árvores.
Os ventos não têm a liberdade da morte
diluídos na essência
do que nunca aconteceu.
Ashford Castle, Irlanda, julho 92
Álvaro Pacheco
In Geometria dos Ventos (1992)
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Álvaro Pacheco
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Eu, no tempo
Meu espírito caminha irreversivelmente para a irrealidade de tudo.
O universo para, de repente, à espera de minha infância.
Tudo repousa em seu lugar.
O tempo, no relógio.
O silencio, na pedra.
Jogo as máscaras fora e me identifico comigo
que me esperava há séculos.
Emílio Moura
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