Seja bem-vindo. Hoje é
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Identificação
Usando as mesmas palavras
Precisas e limitadas,
Os homens raro se entendem.
As almas se identificam
Nas graves coisas profundas,
Inominadas.
Helena Kolody
In: Poemas do Amor Impossível
quinta-feira, 29 de julho de 2010
'Qietude'
Celebrar a cartase
suscetível dos pensamentos
ansiosos sejam de realizações
ou de frustrações .
Assim experimentar a
plenitude do absoluto
com o coração.
Filhos das estrelas
pulsando amor
no grande silêncio.
Pleno e vazio
banhado pela luz e paz,
na ausência do próximo
segmento frenético.
Manto de tranqüilidade.
Aharon
Nelson Aharon
Joenvile-SC
domingo, 25 de julho de 2010
'Deixa-me seguir para o mar'
Tenta esquecer-me...
Ser lembrado é como evocar
Um fantasma...
Deixa-me ser o que sou,
O que sempre fui, um rio que vai fluindo...
Em vão, em minhas margens cantarão as horas,
Me recamarei de estrelas como um manto real,
Me bordarei de nuvens e de asas,
Às vezes virão a mim as crianças banhar-se...
Um espelho não guarda as coisas refletidas!
E o meu destino é seguir... é seguir para o Mar,
As imagens perdendo no caminho...
Deixa-me fluir, passar, cantar...
Toda a tristeza dos rios
É não poder parar!
Mario Quintana
Baú de espantos,
Editora Globo, Rio de Janeiro, 1986
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Rubis ao vento
ouvir ao vento,
ao virar vento
Ouvi de tua boca o silêncio, ansioso
de uma palavra hebraica, sem ânsia.
Andamos entre ruínas circulares
com Borges e alefes e golens...
descobrimo-nos nas solidões
tropicais, involuntariamente.
A palavra acumulada de nostalgia
do eco de um antigo deus ausente:
ecos divinos, arcaicos livros vivos.
Ouvi de tua boca o silêncio, ansioso.
São Paulo, Julho 1989
Vicente Cechelero
(Ascurra, SC, 13 de Janeiro de 1950 — Navegantes, SC, 16 de Abril de 2000)
segunda-feira, 19 de julho de 2010
VIDA
Não digas
que estás só
se nunca sentiste
a verdadeira solidão
porque algum dia
poderás te encontrar
dolorosamente só.
Não reclames
da tragicidade
da vida...
Envolto nos problemas
descobrirás
o sentido de viver.
Verás então
que a vida
é bem mais bela
do que pensas.
Não afirmes
eu não amo
sem que disso
tenhas certeza.
Quando amares
- previne-te -
sofrerás!
Não maldigas
a noite escura.
Ela será
o acalento
da tua Tristeza Maior.
Não abandones
a estrelinha singela.
Quando estiveres triste
verás ser a estrela
tua amiga.
Buscarás consolo
nela
e serás feliz...
Delores Pires
In a Estrela e a Busca
Poema recebido através da amiga Dione Coppi Eller,
de "Gotas de poesias e outras essências"
domingo, 18 de julho de 2010
Torna viagem
NOTURNO
Certa presença concreta da noite vem
insinua-se infiltra-se e entorpece
de serenidade ou angústia. Ou dupla
embala em sonho em acre e em silêncio
Vem materna e serena mas corpórea
e afaga o descanso e entoa a canção inatingível
Então se avoluma o esquecimento e envolve-me e avança
comigo nos braços para a distância e o sonho perfeito
Bandeira Tribuzi
In: Poesias Completas
Bandeira Tribuzi, pseudônimo de José Tribuzi Pinheiro Gomes,(São Luís, Maranhão, 2 de fevereiro de 1927 — 8 de setembro de 1977)
quinta-feira, 15 de julho de 2010
PAISAGEM POR DENTRO
Abro os braços
para a paisagem
descortinada janela a fora,
aos olhos que se arregalam.
E o coração:
- a vida é bela bebida aos poucos.
O verde enverdece o sol,
o amarelo traz fruta – esperança,
a saudade em chuva e orvalho
cai (dos tempos de criança).
Bate-me por dentro, nas laterais:
- as narinas sentem
e os ouvidos ouvem
o vento
e seus mistérios e eflúvios,
arrepiando a pele como tentáculos.
A alma que voava
me pousou
na beira do sonho.
Francisco Miguel de Moura
(Jenipapeiro,Piauí- 16 de junho de 1933)
Marcadores:
Francisco Miguel de Moura
terça-feira, 13 de julho de 2010
FLUXO
A noite veio vindo de mansinho.
Sons tornaram-se pedras.
As palavras vestiram-se de luto.
E a poesia floriu no bojo do silencio.
Lá estava ela, solitária.
Era a vida que escapava de tudo
como a água que foge entre os dedos
e vai brilhar um momento nos seixos.
Sem resposta, o relógio espeta o silencio:
seu clarão já não sorrirá nos olhos mortos.
Anderson Braga Horta
In: Fragmentos da Paixão
Carangola (MG)- 17.11.1934.
"BALADA DE EMILY BRONTE"
(Cena do filme 'O morro dos ventos uivantes", Laurence Olivier & Merle Oberon)
No morro do Vento Uivante
o vento passa uivando, uivando ...
No Morro do Vento uivante
há um casarão sombrio
cheio de salas vazias
e corredores vazios ...
A noite toda um porta
geme agoniadamente.
Pelas vidraças partidas
silvam longos assovios,
no ar de abandono e de medo
passam bruscos arrepios ...
No Morro do Vento Uivante
o vento passa ...
Emily Bronte
não pares a história ... Conta!
conta, conta, conta, conta!
Dá-me outra vez aquele medo
que encheu minha infância morta
de sonhos e de arrepios ...
No Morro do Vento uivante ...
Depois que os anos passaram
como ficaram meus dias
vazios ... vazios ...
Tasso da Silveira
Canções a Curitiba
& outros poemas
'Wuthering Heights' ( O morro dos ventos uivantes) é um filme americano dirigido por William Wyler e lançado em 1939. Sua história é baseada na novela de mesmo nome da britânica Emily Brontë.
No morro do Vento Uivante
o vento passa uivando, uivando ...
No Morro do Vento uivante
há um casarão sombrio
cheio de salas vazias
e corredores vazios ...
A noite toda um porta
geme agoniadamente.
Pelas vidraças partidas
silvam longos assovios,
no ar de abandono e de medo
passam bruscos arrepios ...
No Morro do Vento Uivante
o vento passa ...
Emily Bronte
não pares a história ... Conta!
conta, conta, conta, conta!
Dá-me outra vez aquele medo
que encheu minha infância morta
de sonhos e de arrepios ...
No Morro do Vento uivante ...
Depois que os anos passaram
como ficaram meus dias
vazios ... vazios ...
Tasso da Silveira
Canções a Curitiba
& outros poemas
'Wuthering Heights' ( O morro dos ventos uivantes) é um filme americano dirigido por William Wyler e lançado em 1939. Sua história é baseada na novela de mesmo nome da britânica Emily Brontë.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
AS LINHAS
A vida é uma cilada do tempo
Nos ofende em sua breve pressa
Inebria-nos sua breve miragem.
E também dança,
Ato de galáxias que bailam
Sob as ordens do sono
Sobre as ondas dos sons
Dos mares, em seu caminho e suas ondas.
Fim de tarde,
Gaivotas descem,
Visualizam a praia, ultima vez
Ao sol dão o aviso, e a tarde zarpa
Para mares distantes onde a noite corta
A multidão dos horizontes.
Georgio Rios,
Blog do poeta: 'Modus Operandi'
sábado, 3 de julho de 2010
Mansões da Alma!
Onde os dias são sempre iguais,
árvores com suas folhas aladas
ora são borboletas e num repente
são pássaros sobre um céu de
um azul jamais percebido.
A lua lembra um relógio de prata
iluminando horizontes de relva
macia renovando sublimes
pensamentos nos corações.
Noites e dias são instantes.
A luz do sol banhando a face
com sentimentos do puro amor.
Estrelas conversando com a
janela da alma.
Na beira da enseada a maré estática
e cristalina forma um espelho nítido
que infundem o céu e a terra em uma
tamanha beleza que não se tem ao certo
a noção de estar caminhando no chão ou no céu.
Barcos chegam ao porto dentro de garrafas
gigantes, a luz do farol são os pensamentos
de Deus revelando a beleza extraordinária
da Criação.
O tempo é um estrangeiro sem passaporte.
Sem visto de passado nem do presente.
Eternidade.
Eternamente abençoado.
Aharon
*Nelson Aharon
Escritor de Joenvile, SC.
Assinar:
Postagens (Atom)
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Identificação
Usando as mesmas palavras
Precisas e limitadas,
Os homens raro se entendem.
As almas se identificam
Nas graves coisas profundas,
Inominadas.
Helena Kolody
In: Poemas do Amor Impossível
Marcadores:
Helena Kolody
quinta-feira, 29 de julho de 2010
'Qietude'
Celebrar a cartase
suscetível dos pensamentos
ansiosos sejam de realizações
ou de frustrações .
Assim experimentar a
plenitude do absoluto
com o coração.
Filhos das estrelas
pulsando amor
no grande silêncio.
Pleno e vazio
banhado pela luz e paz,
na ausência do próximo
segmento frenético.
Manto de tranqüilidade.
Aharon
Nelson Aharon
Joenvile-SC
Marcadores:
Nelson Aharon
domingo, 25 de julho de 2010
'Deixa-me seguir para o mar'
Tenta esquecer-me...
Ser lembrado é como evocar
Um fantasma...
Deixa-me ser o que sou,
O que sempre fui, um rio que vai fluindo...
Em vão, em minhas margens cantarão as horas,
Me recamarei de estrelas como um manto real,
Me bordarei de nuvens e de asas,
Às vezes virão a mim as crianças banhar-se...
Um espelho não guarda as coisas refletidas!
E o meu destino é seguir... é seguir para o Mar,
As imagens perdendo no caminho...
Deixa-me fluir, passar, cantar...
Toda a tristeza dos rios
É não poder parar!
Mario Quintana
Baú de espantos,
Editora Globo, Rio de Janeiro, 1986
Marcadores:
Mário Quintana
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Rubis ao vento
ouvir ao vento,
ao virar vento
Ouvi de tua boca o silêncio, ansioso
de uma palavra hebraica, sem ânsia.
Andamos entre ruínas circulares
com Borges e alefes e golens...
descobrimo-nos nas solidões
tropicais, involuntariamente.
A palavra acumulada de nostalgia
do eco de um antigo deus ausente:
ecos divinos, arcaicos livros vivos.
Ouvi de tua boca o silêncio, ansioso.
São Paulo, Julho 1989
Vicente Cechelero
(Ascurra, SC, 13 de Janeiro de 1950 — Navegantes, SC, 16 de Abril de 2000)
Marcadores:
Vicente Cechelero
segunda-feira, 19 de julho de 2010
VIDA
Não digas
que estás só
se nunca sentiste
a verdadeira solidão
porque algum dia
poderás te encontrar
dolorosamente só.
Não reclames
da tragicidade
da vida...
Envolto nos problemas
descobrirás
o sentido de viver.
Verás então
que a vida
é bem mais bela
do que pensas.
Não afirmes
eu não amo
sem que disso
tenhas certeza.
Quando amares
- previne-te -
sofrerás!
Não maldigas
a noite escura.
Ela será
o acalento
da tua Tristeza Maior.
Não abandones
a estrelinha singela.
Quando estiveres triste
verás ser a estrela
tua amiga.
Buscarás consolo
nela
e serás feliz...
Delores Pires
In a Estrela e a Busca
Poema recebido através da amiga Dione Coppi Eller,
de "Gotas de poesias e outras essências"
Marcadores:
Delores Pires
domingo, 18 de julho de 2010
Torna viagem
Parasse o rio onde foi fonte,
ficasse a fonte onde foi nuvem,
voltasse o mar onde foi rio
para que o rio fosse chuva...
Assim esta rosa de outono
que já vai sendo minha vida,
seria folha, caule, seiva
e raiz da infância perdida!
Bandeira Tribuzi
Marcadores:
Bandeira Tribuzi
NOTURNO
Certa presença concreta da noite vem
insinua-se infiltra-se e entorpece
de serenidade ou angústia. Ou dupla
embala em sonho em acre e em silêncio
Vem materna e serena mas corpórea
e afaga o descanso e entoa a canção inatingível
Então se avoluma o esquecimento e envolve-me e avança
comigo nos braços para a distância e o sonho perfeito
Bandeira Tribuzi
In: Poesias Completas
Bandeira Tribuzi, pseudônimo de José Tribuzi Pinheiro Gomes,(São Luís, Maranhão, 2 de fevereiro de 1927 — 8 de setembro de 1977)
Marcadores:
Bandeira Tribuzi
quinta-feira, 15 de julho de 2010
PAISAGEM POR DENTRO
Abro os braços
para a paisagem
descortinada janela a fora,
aos olhos que se arregalam.
E o coração:
- a vida é bela bebida aos poucos.
O verde enverdece o sol,
o amarelo traz fruta – esperança,
a saudade em chuva e orvalho
cai (dos tempos de criança).
Bate-me por dentro, nas laterais:
- as narinas sentem
e os ouvidos ouvem
o vento
e seus mistérios e eflúvios,
arrepiando a pele como tentáculos.
A alma que voava
me pousou
na beira do sonho.
Francisco Miguel de Moura
(Jenipapeiro,Piauí- 16 de junho de 1933)
Marcadores:
Francisco Miguel de Moura
terça-feira, 13 de julho de 2010
FLUXO
A noite veio vindo de mansinho.
Sons tornaram-se pedras.
As palavras vestiram-se de luto.
E a poesia floriu no bojo do silencio.
Lá estava ela, solitária.
Era a vida que escapava de tudo
como a água que foge entre os dedos
e vai brilhar um momento nos seixos.
Sem resposta, o relógio espeta o silencio:
seu clarão já não sorrirá nos olhos mortos.
Anderson Braga Horta
In: Fragmentos da Paixão
Carangola (MG)- 17.11.1934.
Marcadores:
Anderson Braga Horta
"BALADA DE EMILY BRONTE"
(Cena do filme 'O morro dos ventos uivantes", Laurence Olivier & Merle Oberon)
No morro do Vento Uivante
o vento passa uivando, uivando ...
No Morro do Vento uivante
há um casarão sombrio
cheio de salas vazias
e corredores vazios ...
A noite toda um porta
geme agoniadamente.
Pelas vidraças partidas
silvam longos assovios,
no ar de abandono e de medo
passam bruscos arrepios ...
No Morro do Vento Uivante
o vento passa ...
Emily Bronte
não pares a história ... Conta!
conta, conta, conta, conta!
Dá-me outra vez aquele medo
que encheu minha infância morta
de sonhos e de arrepios ...
No Morro do Vento uivante ...
Depois que os anos passaram
como ficaram meus dias
vazios ... vazios ...
Tasso da Silveira
Canções a Curitiba
& outros poemas
'Wuthering Heights' ( O morro dos ventos uivantes) é um filme americano dirigido por William Wyler e lançado em 1939. Sua história é baseada na novela de mesmo nome da britânica Emily Brontë.
No morro do Vento Uivante
o vento passa uivando, uivando ...
No Morro do Vento uivante
há um casarão sombrio
cheio de salas vazias
e corredores vazios ...
A noite toda um porta
geme agoniadamente.
Pelas vidraças partidas
silvam longos assovios,
no ar de abandono e de medo
passam bruscos arrepios ...
No Morro do Vento Uivante
o vento passa ...
Emily Bronte
não pares a história ... Conta!
conta, conta, conta, conta!
Dá-me outra vez aquele medo
que encheu minha infância morta
de sonhos e de arrepios ...
No Morro do Vento uivante ...
Depois que os anos passaram
como ficaram meus dias
vazios ... vazios ...
Tasso da Silveira
Canções a Curitiba
& outros poemas
'Wuthering Heights' ( O morro dos ventos uivantes) é um filme americano dirigido por William Wyler e lançado em 1939. Sua história é baseada na novela de mesmo nome da britânica Emily Brontë.
Marcadores:
Tasso da Silveira
sexta-feira, 9 de julho de 2010
AS LINHAS
A vida é uma cilada do tempo
Nos ofende em sua breve pressa
Inebria-nos sua breve miragem.
E também dança,
Ato de galáxias que bailam
Sob as ordens do sono
Sobre as ondas dos sons
Dos mares, em seu caminho e suas ondas.
Fim de tarde,
Gaivotas descem,
Visualizam a praia, ultima vez
Ao sol dão o aviso, e a tarde zarpa
Para mares distantes onde a noite corta
A multidão dos horizontes.
Georgio Rios,
Blog do poeta: 'Modus Operandi'
Marcadores:
Georgio Rios
sábado, 3 de julho de 2010
Mansões da Alma!
Onde os dias são sempre iguais,
árvores com suas folhas aladas
ora são borboletas e num repente
são pássaros sobre um céu de
um azul jamais percebido.
A lua lembra um relógio de prata
iluminando horizontes de relva
macia renovando sublimes
pensamentos nos corações.
Noites e dias são instantes.
A luz do sol banhando a face
com sentimentos do puro amor.
Estrelas conversando com a
janela da alma.
Na beira da enseada a maré estática
e cristalina forma um espelho nítido
que infundem o céu e a terra em uma
tamanha beleza que não se tem ao certo
a noção de estar caminhando no chão ou no céu.
Barcos chegam ao porto dentro de garrafas
gigantes, a luz do farol são os pensamentos
de Deus revelando a beleza extraordinária
da Criação.
O tempo é um estrangeiro sem passaporte.
Sem visto de passado nem do presente.
Eternidade.
Eternamente abençoado.
Aharon
*Nelson Aharon
Escritor de Joenvile, SC.
Marcadores:
Nelson Aharon
Assinar:
Postagens (Atom)