Eu amo as sombras que tremulosas
Descem, de luto cobrindo as leiras,
- Ora perdidas nas capoeiras,
- Ora nas vargens silenciosas.
Sombras de longe, sombras saudosas,
Sobre colinas, sombras ligeiras,
Aves noturnas pelas esteiras
Da imensidade de nebulosas.
Nos dilatados, bravios mares,
Sombras inquietas e viajantes,
Iguais às sombras dos meus pesares.
Na praia algente de branca areia,
- Sombras que eu amo, sombras errantes
Das noites claras de lua cheia!
Ferreira Itajubá
(Natal, RN, 21 de Agosto de 1876 – Rio de Janeiro, 30 de Junho de 1912)
Descem, de luto cobrindo as leiras,
- Ora perdidas nas capoeiras,
- Ora nas vargens silenciosas.
Sombras de longe, sombras saudosas,
Sobre colinas, sombras ligeiras,
Aves noturnas pelas esteiras
Da imensidade de nebulosas.
Nos dilatados, bravios mares,
Sombras inquietas e viajantes,
Iguais às sombras dos meus pesares.
Na praia algente de branca areia,
- Sombras que eu amo, sombras errantes
Das noites claras de lua cheia!
Ferreira Itajubá
(Natal, RN, 21 de Agosto de 1876 – Rio de Janeiro, 30 de Junho de 1912)