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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

ERMO ABSOLUTO



Desiludido da clemência humana,
Para a minha agonia de viver;
Arrastando comigo a caravana
Dos fantasmas que surgem do meu ser,


Busquei a solidão que nunca engana,
Onde, vendo-me virgem do prazer,
A poesia se fez Samaritana,
Para o azul da Amplidão dar-me a beber.


Mas, si eu, antigamente, era tristonho,
Agora, pelo Espaço, em pleno sonho,
Somente, acho extensão para os meus ais!


Somente, ébrio de abismos, quando grito,
Responde-me dos ermos do Infinito,
O silencio das cousas imortais.


Luis Carlos
In: Amplidão
(Rio de Janeiro- 1880-1932)
Membro da ABL

Um comentário:

Rosemildo Sales Furtado disse...

É, realmente a poesia é como um refúgio, e serve de alento para aqueles que se sentem desprovidos da compreensão e do afeto do seu semelhante.

Belo poema. Muito profundo. parabéns pela escolha.

Beijos,

Furtado.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

ERMO ABSOLUTO



Desiludido da clemência humana,
Para a minha agonia de viver;
Arrastando comigo a caravana
Dos fantasmas que surgem do meu ser,


Busquei a solidão que nunca engana,
Onde, vendo-me virgem do prazer,
A poesia se fez Samaritana,
Para o azul da Amplidão dar-me a beber.


Mas, si eu, antigamente, era tristonho,
Agora, pelo Espaço, em pleno sonho,
Somente, acho extensão para os meus ais!


Somente, ébrio de abismos, quando grito,
Responde-me dos ermos do Infinito,
O silencio das cousas imortais.


Luis Carlos
In: Amplidão
(Rio de Janeiro- 1880-1932)
Membro da ABL

Um comentário:

Rosemildo Sales Furtado disse...

É, realmente a poesia é como um refúgio, e serve de alento para aqueles que se sentem desprovidos da compreensão e do afeto do seu semelhante.

Belo poema. Muito profundo. parabéns pela escolha.

Beijos,

Furtado.