Permitirei ao rosto
que se dispa, em silêncio,
das usuras do tempo:
à linha do lábio
legarei a memória do beijo;
à curva da mão
o gesto simples do afagar;
aos olhos, que buscaram,
a maciez do orvalho.
E ao corpo, que adocicou
com seu louco mistério
a vida dos dias perdidos,
doarei chaves de solidão.
Ymah Théres
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