Há no ar uma sede
ferindo a alma dos pescadores,
roendo barcos
e velas em lance de rede.
O homem pelas sebes
Caminha,
recolhendo estrelas
entre as mãos - no céu.
Nas ribanceiras,
crianças empalmam rios,
plantam neve nas colinas
em brancas tendas de areia.
O cansaço dos inocente
põe pedras nos olhos,
fere de morte os covardes,
desmonta velhas embarcações.
Se nada segues
pouco vale o destino,
a morte cavalga veloz
sempre a caminho.
O homem vive
de pescar o tempo:
ora em veleiros de papel,
ora em veleiros de vento
Onévio Antonio Zabot
Joinville, Santa Catarina
Brasil
Copiado da página de minha amiga Dione.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja bem-vindo, seu comentário é uma honra para nós. Muito grata.