terça-feira, 19 de abril de 2011

EPITALÂMIO


Apenas as gotas de chuva: compassadas e mansas.
A folhagem, lá fora, adormeceu feliz.
Despertando na relva, cantam grilos baixinho.
A confidência da chuva, a confidência dos grilos,
Tudo que vem da noite é surdina e doçura.

Certeza não direi, mas direi: esperança.
Deves pensar em mim neste momento mesmo.
Teu pensamento é o meu, tua esperança é a minha.
Através do espaço,não é verdade? as nossas mãos
Estão apertadas, em segredo.
Sinto que o nosso amor era grande como a noite
E que o melhor de nós habita na distância
Que nos espera.


Ribeiro Couto
In Poesias Consagradas Vol.3

3 comentários:

  1. Olá Maria, adorei o blog, cheio de encanto e magia, cheio de amor, brisa e ventania. Peguei emprestado uma poesia de teu blog, com os devidos créditos é claro, se achares ruim por favor me avise que imediatamente a retirarei, com pesar é claro pois é uma linda poesia. E sobre a postagem de agora: Asvezes a distância ascende algo em nós que não tinhamos conhecimento, o amor verdadeiro.
    abraços.

    ResponderExcluir
  2. A chuva é linda caindo sobre as plantas, casas e pessoas.

    Adoro banho de chuva.

    Boa tarde, bjo

    ResponderExcluir
  3. muito legal mais e muito triste

    ResponderExcluir

Seja bem-vindo, seu comentário é uma honra para nós. Muito grata.