O céu é sempre o mesmo: as nossas almas
É que se mudam, contemplando-o. É certo.
Umas vezes está cheio de palmas;
Outras vezes é só como um deserto.
Quem sabe quando vem as horas calmas?
Quem sabe se a ventura vem bem perto?
Homem de carne infiel, em vão espalmas
As tuas asas pelo céu aberto.
O que nos cerca é a fugitiva imagem
Do que sentimos, do que longe vemos,
Sempre sofrendo, sempre em vassalagem.
A vida é um barco a voar. Soltem-se os remos...
Cada um de nós da morte é servo e pajem:
Somos felizes só porque morremos.
ALPHONSUS DE GUIMARAENS
In:"Obra completa"
(Organização de Alphonsus de Guimaraens Filho)
Lindíssimo! Estamos sempre mergulhados em tantos afazeres e preocupações, que esquecemos que tudo passa, inclusive nós e os nossos problemas... O céu é sempre o mesmo... Bjo
ResponderExcluirMaria Madalena, sou Dinah Guimaraens, arquiteta e antropóloga, neta de Alphonsus, que emoção ver seu site! Parabéns e o carindo da sua amiga.
ResponderExcluirMaria Madalena, como neta de Aplphonsus fiquei emocionada com seu site, parabéns! Dinah Guimaraens (5521) 8668-1365
ResponderExcluirDinah, a emoção é toda minha!
ResponderExcluirQue maravilha ter o comentário de uma pessoa da família do incomparável poeta, o qual gosto demais.
Muito grata por seus comentários!
Um grande abraço, Maria Madalena Schuck