sexta-feira, 19 de março de 2010

Terna usura treva escura



p/ Stella Leonardos

Minha percepção é presságio,
apanágio conserva o pão.
Vem à mente lançar-se fio,
Minha percepção é presságio,
da iluminação sem estágio,
pura reserva coração,
Minha percepção é presságio,
apanágio conserva o pão.

Da clâmide sempre ramagem,
lanço-me sozinho à curva!
È meu marinho antissolar,
da clâmide sempre ramagem,
que desta terra serro turva,
resguardo-me deste mentar,
Da clâmide sempre ramagem,
lanço-me sozinho à curva!

Quando me ausentar de culpa,
pensar ação deste caminho?
Terna usura treva escura,
quando me ausentar de culpa,
de poder cantar formosura,
da árvore deste seu raminho?
Quando me ausentar de culpa,
pensar ação deste caminho?

Eric Ponty

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2 comentários:

  1. Cara Maria Madalena
    quero lembrar-lhe que esse poema é tecnico,pois é um triolé, composição francesa antiga que foi inovado por Arthur Rimbaud. Está composto na métrica de oito silabas.

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  2. Maravilha caro amigo, quem sabe sabe, e com muita propriedade!
    Fabulosos versos, técnica perfeita!
    Continue sempre nos enriquecendo com sua profunda cultura.
    Um grande abraço.

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